O governo federal editou a Portaria 116 que identifica os setores apontados como estratégicos para garantir a continuidade da distribuição e abastecimento da população brasileira durante o estado de calamidade pública decorrente da Pandemia do Covid-19.
Não é de hoje que o Brasil percebe a fragilidade do setor de distribuição, em 21 de março de 2018, o país teve que se recuperar dos efeitos causados pela greve dos caminhoneiros, que durou dez dias e paralisou serviços como fornecimento de combustíveis, alimentos e insumos, levando o país à beira do colapso. A categoria parou no dia 21 de maio para exigir uma redução nos preços do óleo diesel – que subiram mais de 50%.
A transformação digital: a solução em tempos de crise
Depois da greve dos caminhoneiros em 2018, ficou claro a fragilidade e importância dos agentes de distribuição de mercadoria e insumos para o país. Onde qualquer falha neste ponto pode causar literalmente a paralisação do mundo!
Além disso, dada a pressão cada vez maior pelo equilíbrio entre a satisfação dos clientes, busca pela eficiência operacional e redução de custos, tem levado empresas a buscarem meios para auxiliarem neste objetivo, onde a tecnologia se encaixa como uma luva.
Uma tendencia mundial tem sido a automação de processos, onde atividades que eram executadas de forma manual são substituídas por máquinas que “por definição”, não são sofrem das mesmas necessidades e limitações humanas.
O futuro chegou!
Um exemplo do movimento de automatização são os caminhões autônomos que segundo muitos será o futuro da logística.
Mas trazendo para uma realidade mais próxima, já temos várias soluções no nosso dia-dia que literalmente fazem o trabalho de muitas pessoas, um exemplo são os aplicativos de delivery como iFood, Rappi e transporte como Uber, onde no centro de suas atividades estão computadores analisando comportamento de compras, direcionando pedidos e traçando rotas para o usuários, tudo isso de forma transparente sem precisar da intervenção humana.
Pode parecer natural hoje em dia que estes processos não precisem da interversão humana, mas vale lembrar que meados dos anos 80, para se fazer uma ligação telefônica, era preciso primeiro falar com uma telefonista que manuseava uma serie de plugs e cabos para só depois nos conectar com uma outra pessoa, ainda mais recente para pedir uma pizza precisávamos, ter o número da pizzaria, ligar, aguardar… descrever o sabor que queríamos, aguardar … concluir o pedido, aguardar … e muitas vezes quando chegava não era exatamente o que havíamos “imaginado”.
O atual panorama econômico e desenvolvimento tecnológico tem levado empresas a adotarem padrões de produção e gestão que minimizem os erros e contato entre clientes e vendedores. Embora controverso, está é uma tendencia.
Um alerta
Diante da crise causada pelo coronavírus, ficou claro que as empresas desenvolvam estratégias que tratem tais demandas, levando em consideração recursos como inteligência artificial e todo potencial da transformação digital.
Ou seja, um novo modelo de distribuição orientado para produção, atendimento ao cliente e eficiência e busca por resultados, com um detalhe muito importante, que toda operação possa ser executada de forma totalmente remota.
Para aliviar a situação, grandes empresas de tecnologia começaram a realizar ações e desenvolveram projetos que possam, de alguma forma, incentivar as pessoas para que sejam mais eficientes, independente da sua localização física , e principalmente neste momento permaneçam em casa.
Neste contexto, gostaria de ressaltar um conceito desenvolvido por nos da UPlaces que chamamos de distribuição 2.0, que visa ajudar os distribuidores e compradores, entenderem melhor e navegarem nesta transformação digital que agora chegou com força nas compras e vendas entre empresas (B2B).
A importância da distribuição em tempos de crise
Para agilizar os processos de distribuição de abastecimento de bens, mercadorias e matérias-primas destinadas ao combate da pandemia o Governo publicou a Instrução Normativa nº 1.927 que simplifica e agiliza o despacho aduaneiro de mercadorias importadas destinadas ao combate de Covid-19.
A medida, que já havia sido anunciada, visa manter um fluxo rápido de abastecimento de bens, mercadorias e matérias-primas destinadas ao combate da pandemia, como também evitar gargalos ao agilizar a entrega das cargas.
No sentido contrário, a população está preocupada em não encontrar produtos básicos nos supermercados. Com isso, presenciamos, diversas instituições governamentais apelando à população, para não correr para os supermercados e não super estocar suprimentos básicos, como produtos de limpeza e alimentos congelados.
No momento que escrevo este artigo os preços dispararão até 70% nos supermercados devido a alta da demanda.
A distribuição vai mudar com o Covid-19
Como todos os demais setores da economia, eventos que impactam diretamente a cadeia de distribuição afetam desde pequenos varejista até grandes redes de supermercado, contabilizado grandes impactos no dia a dia dos comerciantes, fornecedores e da população.
O que se percebeu com esta crise foi uma grande dificuldade por parte da população em encontrar produtos. Com alguns fornecedores encontrando dificuldades para manter os estoques e níveis de insumos, o que acaba gerando pressão de custos para o produtor.
Diante da pandemia mundial, a quarentena tem sido decretada por muitos estados fazendo com que em muitas regiões apenas serviços essenciais estejam abertos.
Com esse panorama, fica claro que fornecedores e distribuidores vão encontrar dificuldades para seguir com seus negócios em pleno vapor se não se adaptarem.
Conclusão
Toda crise traz pontos de reflexão e esta nos trouxe um grande ALERTA, sobre quão frágil é nosso modelo de distribuição atual.
O que se observou durante a greve dos caminhoneiros em, 2018 foi que em quase todos os segmentos, o produtor e distribuidor foram os mais impactados e muitas vezes assumiram o prejuízo.
No caso do Covid-19, será necessário aguardar o final da pandemia para dimensionar os impactos reais diretos.
Somos otimistas e esperamos sempre o melhor, mas em cenários como estes será importante encontrar sempre novas formas e com o uso correto de tecnologias como UPlaces será possível continuar a vender e receber mercadorias de maneira prática, eficiente e digital.
CEO na Uplaces e especialista em Tecnologia e E-commerce para Indústrias e Distribuidores. Com base na experiencia adquirida em mais de 20 anos, criou a Uplaces um sistema para Controle de pedidos e E-commerce B2B que auxilia distribuidores e indústrias a venderem mais.
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